Indígena do Rio Branco - Com mais de 100 anos de existência, essa terra de origem guarani m’byá
possui 2.856 hectares e é oficialmente regulamentada, dividindo seu espaço com os municípios de São
Paulo e Mongaguá. Os Guaranis que vivem na Aldeia são originários da época do grande êxodo indígena
que fugia da colonização espanhola no sul do país, sendo que algumas famílias ainda praticam o
nomadismo e vivem entre as aldeias da região. A Aldeia já possui escola própria e as famílias sobrevivem
basicamente da agricultura e do extrativismo de flores e palmito, que são vendidos nas feiras livres da
cidade. A visitação turística é controlada.
Tangará – Localizada nos fundos do Jardim Coronel, no Parque Evelin, sua terra não é
oficialmente demarcada São descendentes dos Guaranis m´byá e a comunidade conta com grupo de
canto e dança e desde pequenos aprendem a falar o português e o guarani.
Indígena Piaçaguera – Está localizada na divisa das cidades de Itanhaém e Peruíbe e distribuída em
uma área de mais de 2.774 hectares, começando na praia seguindo em direção à Serra do Mar. Seus
primeiros registros são datados de 1542 quando se oficializou a primeira tomada de suas terras para uso
privado por parte da coroa portuguesa. Atualmente os indígenas se organizam em 11 aldeamentos, cada
um com sua estrutura e organização individual, embora sejam todos da etnia Tupi Guarani (Ñandeva).
Tem sua terra já homologada e preservam sua cultura neste espaço. A principal forma de subsistência é
o turismo e a venda de artesanato e as principais aldeias que recebem eventos e turistas são:
Aldeia Awa Porungawa Dju – Awa Porungawa Dju significa “O homem da porunga sagrada”. Esse
guerreiro foi cacique por mais de 30 anos e teve 3 filhos homens. Aos 75 anos, veio a ter um derrame e
faleceu no ano de 2015, aos 80 anos. Após a morte dele, seus filhos decidiram realizar um sonho em
homenagem a ele, que era mostrar a cultura e a tradição de seu povo para o mundo lá fora. Decidiram
abrir uma aldeia com esse objetivo e que carrega o nome desse guerreiro. Com o tempo, os indígenas
perceberam que, ao dividirem a sua tradição com outras pessoas, as crianças e os jovens indígenas eram
incentivados a honrar e a mostrar a sua cultura, e que de certa forma, fortaleceu a identidade e a
tradição deles. A Aldeia Awa Porungawa Dju desenvolve desde o ano de 2014 o projeto
"Vivência na Aldeia" que visa o fortalecimento cultural, a geração de renda para a comunidade e
a divulgação da cultura indígena. O turismo é a principal ferramenta para o fortalecimento da
comunidade por meio de eventos, cursos, vivências, visitas, trilhas interpretativas e venda de
artesanatos, a aldeia segue se fortalecendo a cada dia.
Tabaçu - Três famílias decidiram recomeçar uma vida longe desses preceitos que feriram todo seu
ideal de lutar para conquistar novamente o direito de liberdade há muito tempo fora arrancada de suas
vidas. Em maio de 2012 começaram a se organizar nomeando seu novo espaço com um nome muito
significativo, Tabaçu Reko Ypy (o renascer da grande aldeia). A aldeia que se referem vai mais além do
que o espaço físico e sim o renascimento da grande aldeia no interior de cada individuo que ali
recomeçava sua liberdade, vivendo em equilíbrio com a existência de tudo e de todos os seres. A prática
dos cânticos sagrados e a dança revitaliza o convívio coletivo, construindo assim, um ambiente místico
em meio a Mãe Natureza. O turismo de base comunitária ajuda a manter a proposta do bem viver,
equilibrada entre a cultura não-indígena e a Tupi Guarani, o que garante seu projeto de
sustentabilidade.
Nhamandu Mirim - Foi formada em 2008 e possuem uma escola na aldeia que desenvolve
juntamente com os alunos e comunidade, uma educação que fortaleça seus conhecimentos ancestrais,
contemplando o pilar principal da educação diferenciada, que é a manutenção da cultura indígena.
Piaçaguera - Fundada no ano 2000, deu origem a 10 novos Aldeamentos dentro do mesmo
Território que também levam o nome de Piaçaguera. A aldeia fortalece seu cotidiano tendo a educação
como base fundamental para promover a valorização da identidade indígena tupi guarani, além de
desenvolver vários projetos trazendo sustentabilidade à sua comunidade. A busca pela Yve Marãey, a
terra sem males, é o objetivo deste povo. No local foram encontrados cachimbos, panelas, cerâmicas
indígenas, conchas e telhas dos séculos XVI, XVII e XVIII.
Tapirema - A comunidade da aldeia Tapirema foi fundada em 2019. Liderada pelo Morubixa/
cacique Awá Tenondegwá, vivem seu dia a dia entoando seus cânticos sagrados, contando histórias e
pitando petyngwá em volta da fogueira. A Aldeia fomenta práticas sustentáveis, com oficinas de
Permacultura, bioconstrução, tudo sempre aliado aos conhecimentos ancestrais da aldeia fortalecendo
o respeito ao Território onde vivem de forma harmoniosa com toda a natureza.