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Ex-aluna prova que não há limites para pessoas com deficiência
INCLUSÃO - Jaqueline Nogueira é psicóloga e está realizando uma pesquisa de pós-graduação sobre o atendimento em Itanhaém
Cada passo na vida de Jaqueline Nogueira de Souza foi um grande desafio. E as barreiras foram superadas etapa a etapa e, assim, seus sonhos foram se realizando. A psicóloga itanhaense de 23 anos é ex-aluna da Educação Inclusiva de Itanhaém e prova que não há limites para pessoas com deficiência.
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Jaqueline nasceu com glaucoma congênito e tem apenas 10% da visão, já passou por diversos tratamentos e realizou sete cirurgias para estabilização. Porém, desde os 7 anos está com a pressão intraocular normalizada. As dificuldades não a impediram de atingir todos os seus objetivos e se formou em psicologia em 2015.
A ex-aluna foi inclusa nas salas de aula regulares durante todo o período escolar. “Isso foi muito importante para a minha formação, porque eu sou capaz de fazer tudo que outra pessoa também é e sempre fiz todas as atividades. Nunca sofri preconceito em sala de aula”.
Atualmente, está estudando especialização em psicopedagogia. O tema do seu trabalho de conclusão de curso é ‘O fortalecimento da Educação Inclusiva na Rede Pública de Ensino’ e está utilizando o trabalho de Itanhaém como foco da pesquisa. “Eu escolhi este tema por ter uma grande proximidade com o assunto, por ter vivido esta questão. Acredito que o papel do psicopedagogo é fundamental para o ensino”.
Jaqueline, moradora do Savoy, agora está próxima de realizar outro grande sonho, além da pós-graduação: trabalhar com outras pessoas com deficiência. Nos próximos meses estará de partida para o interior de São Paulo onde irá prestar serviço em uma ONG que atende pessoas com deficiência visual.
EX-PROFESSORA E AMIGA – Desde que iniciou os estudos, Jaqueline sempre teve o apoio de Maria Isabel Oliveira dos Santos, professora de atendimento educacional especializado em deficiência visual. “Sempre foi excelente aluna. É um orgulho ver ela hoje uma psicóloga que está se especializando em psicopedagogia. Como eu fui a professora dela desde a pré-escola até o ensino médio a gente acabou tendo um contato muito grande e de professora passamos a sermos amigas”, afirma orgulhosa a professora.
Isabel nasceu com catarata congênita e tem atualmente apenas 10% da visão, assim como Jaqueline. Trabalha com alunos com deficiência visual há 18 anos na Rede Municipal de Ensino. A docente conta que muitos pais não percebem a deficiência dos filhos e, por isso, ela visita todas as unidades e verifica com professores as dificuldades que cada aluno tem. Os pais também são consultados e é realizado um relatório anual, com parecer médico, para atestar a possível necessidade do aluno.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA – Em toda a Rede Municipal de Ensino de Itanhaém tem 13 alunos com deficiência visual e todos estão inclusos nas salas de aulas regulares. Todas as quartas-feiras, os estudantes também contam com o apoio das Salas de Educação Inclusiva.
“Neste espaço o professor tem todo o suporte para a adaptação necessária do aluno nas salas de aula regulares, com material didático e tudo que é preciso para que ele vá preparado. O professor também tem uma proximidade maior com o aluno e conhece as suas reais necessidades para a sua correta adaptação”, afirma a coordenadora da Educação Inclusiva, Fabrícia Cavalcante.
Palavras-chave: aluna com deficiência, educação, educação inclusiva
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