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Yes, nós temos bananada, história e muito turismo
BANANADA - Quem passa pelo local encontra arquitetura de 80 anos atrás; a fábrica atrai turistas de diferentes partes para experimentar doces e ouvir histórias
Que a banana é nativa da região todo mundo sabe. Que a fruta virou doce predileto de quem vive e de quem visita Itanhaém também não é segredo para ninguém. O diferencial está na tradição que mistura sabor artesanal e história numa mesma receita e se mantém viva há mais de oito décadas, quando a primeira e única fábrica de bananada foi inaugurada no Centro da Cidade, em 1930, e movimenta o comércio até hoje. Quem passa pelo local encontra arquitetura de 80 anos atrás.
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A fábrica atrai turistas de diferentes partes para experimentar doces e ouvir histórias de quem esteve por perto desde criança. É o que conta a proprietária Svetlana Dobrevska Cvetanoska, de 58 anos, que herdou dos pais a responsabilidade de manter viva a tradição no Município. “Muitas pessoas vêm à loja e recordam como era antigamente, o piso é o mesmo, os móveis são os mesmos”. Ela conta: “O lugar virou um ponto turístico. Estávamos, inclusive, recebendo o público do programa Roda SP que, quando vem a Itanhaém, passa por aqui”, conta.
Cuidar do empreendimento é uma espécie de hobby, já que a proprietária é uma profissional de múltiplas funções. “Sou advogada, comerciante e corretora de imóveis. É um comércio que está na Cidade há muitos anos. Gostaria de perpetuar a história com o auxílio dos meus filhos, mas acho que eles não querem”, conta Svetlana. Ela explica que tudo é artesanal. “Tenho funcionários que estão comigo há anos”.
Outra curiosidade é que as bananas comercializadas para a produção dos doces também são de agricultores locais. “Valorizar a nossa gente é o que ajuda a transformar a receita em sucesso. Tudo isso começou na década de 30, quando a região tinha muita plantação de banana e a dona Luiza Thereza Forssell, fundadora da fábrica, teve a ideia de fazer doce da fruta. Além disso, era uma forma de conseguir emprego para as pessoas. Ele era feito manualmente em grandes panelas, com colheres de madeira. Posteriormente, veio o gerador de energia, que modernizou um pouco o trabalho”, explica Svetlana.
A década de 70 foi um período de vendas, principalmente porque a fábrica se tornou parada obrigatória para quem escolhia Itanhaém como destino turístico. “Além de escolher a banana nanica, da nossa região, o ingrediente principal é a dedicação dos funcionários e como eles têm feito com carinho esses doces ao longo dos anos”.
A funcionária Marlene Manoel do Nascimento, de 52 anos, está aí para atestar e garantir a qualidade dos produtos. Ela trabalha há 20 anos na produção dos doces, entre eles, banana com chocolate, geleia de banana, chips de banana. “A estrela dos doces é a fruta, sempre. Este trabalho é minha vida. Tanto tempo que não me imagino fazendo outra coisa. Temos uma rotina, isto é, uma escala de serviços. Aqui, formamos uma família”. A fábrica funciona de segunda a segunda, está localizada na Rua Cesário Bastos, 1, no Centro. O telefone para o contato é o 3422-1235.
Palavras-chave: banana, dia do trabalho, fábrica
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