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Publicado em: 06/07/2017 - Última modificação: 16/11/2020 - 13:47
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Informática: teclando na terceira idade, a experiência em um clique

INCLUSÃO DIGITAL - Projeto é desenvolvido aos pais de alunos do Centro de Orientação aos Deficientes de Itanhaém (CODI)



Davi e Zenir compartilham da mesma experiência: aprender as ferramentas do computador

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Olhos vidrados na tela do monitor intercalam com a figura do professor que insiste em visitar um a um. Dedilhar seu próprio teclado passou a ser uma “divertida” busca por conhecimento para Zenir Pinheiro da Silva Pedroso, de 65 anos, mãe de Davi Pinheiro da Silva Pedroso, de 42 anos. Ambos são deficientes intelectuais, mas compartilham da mesma experiência: aprender as ferramentas do computador. Este é o ‘Teclando na Terceira Idade’, projeto desenvolvido aos pais de alunos do Centro de Orientação aos Deficientes de Itanhaém (CODI).

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Sabe aquele ditado que diz: “Tecnologia é coisa para jovens”? Isso é refutado no curso de inclusão digital aos pais enquanto aguardam o término das atividades realizadas aos filhos no Centro. As aulas ensinam o manuseio da tecnologia de uma forma prática e dinâmica como, por exemplo, ligar e desligar um monitor, uso do Word e navegação na internet. “Aos pais, eles aprendem técnicas de como manusear o computador em casa para promover a independência nas ações”, conta o professor Nivaldo Fernandes, de 60 anos.

O projeto de inclusão digital iniciou em meados de 2016, quando a instituição recebeu notebooks por meio de um projeto enviado ao Itaú Social, doze equipamentos ao total. Antes, a proposta estreou com os alunos do Centro, que aprenderam o significado das palavras e os mistérios da matemática em jogos e aplicativos instalados nos computadores. Mais tarde, os pais receberam o convite para adentrar ao universo virtual.

“Na informática, por exemplo, trabalhamos com eles a alfabetização e formas de capacitá-los para o mercado de trabalho. Com os pais, procuramos a independência na rede para que eles executem tarefas simples do dia a dia, como pagar uma conta pela internet. Nosso objetivo é promover a inclusão digital”, conta a técnica da instituição, Maria Luiza Sceeffer Zwarg, de 54 anos. Ela explica que o ambiente atende cerca de 100 pessoas com deficiência, de 15 a 91 anos, dentro da programação oferecida no CODI. “Antes, tínhamos um projeto aos mais jovens, mas abrimos um ambiente de informatização voltado às famílias”.

E não é que o resultado tem dado frutos? Isso porque Zenir está feliz da vida com as palavras tecladas no Word. “Minha vontade é de ter este equipamento em casa”. Ela está ansiosa para adquirir um equipamento em sua residência. “É uma forma de interação entre mãe e filho”.

Há 27 anos, o Centro promove um trabalho indispensável às pessoas com deficiência do Município, ações que muitas vezes estimulam a integração social, a produção em conjunto, a criatividade e a geração de renda. Uma das mais populares é a oficina de serigrafia – em que jovens e adultos conhecem uma nova profissão e aprendem técnicas de como pintar camisetas e tecidos – e a de informática. O CODI funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 16 horas, na Rua Olavo Pesoti, 158, Jardim Suarão.


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