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Profissão Papai Noel: conheça a história do bom velhinho da vida real
CLIMA NATALINO - A semelhança do Noel dos livros com o bom velhinho da vida real não é apenas visual, é também com a seriedade com que transmite significado da data
Ho, ho, ho. Papai Noel está em Itanhaém, ou melhor, ele é praiano e morador da região do Grandesp há quase nove anos. Uma profissão que Eduardo Kazakevicius, de 60 anos, descendente de lituanos, não escolheu, foi escolhido. A semelhança do bom velhinho dos livros com o Papai Noel da vida real não é apenas visual, tem a ver com a seriedade com a qual transmite o significado do Natal, relacionando-o à solidariedade, prosperidade e o cuidado com o próximo.
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“Eu estava no supermercado e um garotinho me puxou pela camisa e falou baixinho para mim: o senhor é o Papai Noel, né? E eu respondi sussurrando: sou, mas não conta para ninguém porque eu estou disfarçado. E quando ele saiu de perto de mim, logo gritou para o pai que havia achado o Papai Noel”. Este foi o pontapé que faltava para Eduardo dar vida a um dos personagens mais amados no Natal. Não demorou a surgir os primeiros convites para participação em eventos e festas beneficentes. “Ver o sorriso estampado no rosto de uma criança não tem preço”.
Antes de se tornar o bom velhinho, Eduardo trabalhou por muitos anos em uma montadora de automóveis. Nunca havia passado por sua cabeça que anos depois, na aposentadoria, teria uma profissão que animaria tantos corações. A fama por causada da semelhança com o personagem natalino correu, e sua presença se tornou cada vez mais solicitada. “Os preparativos iniciaram seis meses antes, quando deixei de cortar a barba”, mexe com orgulho nos pelos brancos.
Antes de se tornar Papai Noel, Eduardo teve de estudar, e muito. Seu currículo é extenso. Tem graduação em Engenharia de Produção, pós-graduação em Administração da Qualidade, Tecnologia em Processos de Produção, Gerenciamento de Qualidade e Técnico Mecânico. Já esteve a trabalho e treinamento em países como Alemanha, México e Argentina.
Ele acredita que o sucesso com o personagem se deve ao fato de ser sempre ‘brincalhão’. “Adoro criança, sempre gostei. Solto pipa em casa até hoje, sabia?”, sorri. O ‘jovem’ senhor de barba branca faz uma observação: “Não são só as crianças que se emocionam com a presença do Papai Noel, tem muitos adultos que também se encantam com o bom velhinho. Não podemos perder a essência da data”.
Quando o assunto é relacionado ao lar, Eduardo, que é casado há mais de 30 anos e possui dois filhos, fala sério. Ele sabe bem o significado da palavra família e não abre mão de passar a data em união. “Comemoramos também em casa, mas eles precisam me esperar. Na noite de Natal, de 24 para 25, entrego presentes às crianças que tanto me esperam”. E conclui com uma mensagem: “Este é um momento de reflexão, de união, de perdão, de paz. Que todos, do fundo do meu coração, tenham um feliz Natal”.
Palavras-chave: bom velhinho, espírito natalino, Natal, papai noel
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