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Doar leite materno é tão importante quanto doar sangue, diz pediatra
MÊS DA DOAÇÃO - Uma gota desperdiçada do alimento mais rico do mundo faz grande diferença para a criança que deixa de recebê-lo
“Doar leite materno é tão importante quanto doar sangue, tornando-se uma injeção de imunidade aos recém-nascidos”. A frase é da pediatra da rede básica de saúde, Maristela Gomes Nasser, sobre os benefícios deste alimento no organismo de um bebê. Uma gota desperdiçada faz grande diferença para a criança que deixa de recebê-la. Isso porque o consumo deste leite é um fator decisivo para inibir doenças que possam surgir ao longo dos anos, como infecções intestinais, bronquite, diabetes, riscos de obesidade, entre outros.
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Segundo a médica Maristela, estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) comprovam cientificamente, com pesquisas e estatísticas, que, em termos de impacto de redução da mortalidade infantil, a ação mais impactante é o incentivo ao aleitamento materno, que reduz em 13%. “O leite é importante porque salva vidas, realmente. Em termos de benefício ao bebê, ele é nutriente, de fácil ingestão, previne infecções, tanto virais quanto bacterianas. Ele ajuda nos anticorpos e coloniza no organismo da criança bactérias do bem. A criança que tem pré-disposição genética para desenvolver asma, quando amamentada exclusivamente pelo leite materno, reduz em 20% dos casos”.
Em Itanhaém, o posto de coleta de leite do Centro Especializado na Saúde da Criança e da Mulher (Cescrim Paula Vegas) também sofre com a baixa, que é cíclica. Quando o leite materno é substituído pelo leite animal, a criança deixa de ganhar anticorpos, que são produzidos somente pelo da mãe.
A orientação da OMS é que as mães amamentem exclusivamente até os 6 meses e, se possível, continuem até os dois ano ou mais, com a introdução de outros alimentos, como fruta, legumes e verduras. “Muitas doenças estão ligadas à alimentação, como os casos de obesidade e de diabetes”. Outra dúvida comum entre as mães é sobre a amamentação durante a gravidez. “A gestante que está amamentando um outro bebê, pode continuar amamentando a criança, exceto nos casos em que estejam em trabalho de parto prematuro”.
CESCRIM – O Centro funciona de segunda a sexta, das 8 às 16 horas, na Avenida Tiradentes, 184, Jardim Mosteiro. Maiores informações podem ser obtidas por meio do telefone: (13) 3426-3197. Após o cadastro, o Centro fornecerá as informações necessárias para o procedimento de coleta, seguido do material que inclui touca, máscara e vidro esterilizado. Há ainda a possibilidade de ter o leite coletado e recolhido em casa por meio da coleta domiciliar onde o Cescrim faz a busca semanal das doações.
Palavras-chave: aleitamento materno, cescrim, crianças, especialistas, mães
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