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Publicado em: 30/07/2018 - Última modificação: 16/11/2020 - 12:34
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Do lixo ao luxo, materiais recicláveis viram artigos decorativos e ‘xodó’ de artesãos

ARTE SUSTENTÁVEL - Objetos que acabariam nas lixeiras são transformados em peças decorativas cada vez comuns nos lares brasileiros



Um estudo da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) mostrou que até 2050 haverá mais lixo no mar do que peixes

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Objetos que acabariam descartados no lixo ou até mesmo no mar ganham uma solução sustentável nas mãos dos artesãos Luiz Erasmo Barros, de 67 anos, e Ana Júlia Caballero, de 45. Para eles, a criatividade ultrapassa barreiras e é usada numa atividade consciente que transforma materiais recicláveis – como plástico, madeira, fio de cobre e lacre de lata – em esculturas, quadros e peças decorativas, um cenário cada vez mais comum de encontrar nos lares brasileiros. “Crie-se, inove-se. Quando a ideia está associada a alguma ação consciente, o trabalho fica ainda melhor”, frisa Luiz.

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Um trabalho de formiguinha? Esta é a proposta disseminada pelo artesão que está na área há 30 anos, mas somente há 10 usa produtos recicláveis como matéria-prima de sua arte. “Todo mundo tem ‘lixo’ em casa, mesmo que seja muito pouco. Além de ser reaproveitável, ele é uma fonte de renda”, conta Erasmo. “Levo, em média, de dois a sete dias para produzir uma das minhas esculturas. É uma peça personalizada e totalmente correta”.

Um estudo da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) mostrou que até 2050 haverá mais lixo no mar do que peixes. Os dados são alarmantes e merecem atenção especial ao estrondoso estrago ao sistema ecológico, já que muitos animais marinhos se alimentam do plástico jogado ao mar. Outra informação que também chama atenção é a da Organização Coletiva de Catadores de Material Reciclável no Brasil. Nela, há um cálculo de cerca de 160 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados no país, sendo que  40% deste material poderia ser reciclado.

A artesã Ana Júlia Caballero, de 45 anos, está preocupada com o meio ambiente. “Cuidar da natureza é essencial para o futuro do planeta. Quando eu morava em Maceió, transformava plástico em Mandala. Aqui, em Itanhaém, acho muitos materiais reaproveitáveis que seriam jogados no lixo como, por exemplo, a madeira. Com ela, é possível produzir peças incríveis, basta usar a criatividade”.

Os artesãos estão inscritos na Subsecretaria do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco). Os interessados em se cadastrar devem comparecer à Avenida Harry Forssell, 1505, Jardim Sabaúna. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 9 às 16 horas.

 


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