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Publicado em: 30/11/2018 - Última modificação: 16/11/2020 - 12:17
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Alunos da EJA encerram ano letivo com exposição sobre Consciência Negra

PROJETO - Estudantes da Educação para Jovens e Adultos (EJA) trabalharam países da África por cerca de dois meses na EM Eugênia Pitta Rangel Veloso



Evento contou com degustação sobre os pratos típicos dos países, cartazes sobre as diferentes culturas, caracterização dos alunos e manifestações artísticas

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“É a minha primeira apresentação em 49 anos. Então, estou muito emocionada, não consegui nem dormir direito”, diz Joelma Torres Ramos, aluna do 8º ano da Educação de Jovens e Adultos (EJA), sobre a exposição que ocorreu no último dia 29, na EM Eugênia Pitta Rangel Veloso. A emoção da estudante traduz a união da equipe que se empenhou para que a escola se transformasse em pequenas representações sobre os quatro países da África que falam o idioma português. O evento aconteceu em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro.

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A ideia do projeto veio da coordenação da escola, mas os professores foram os responsáveis por direcionar o andamento do mesmo. Desta forma, cada classe se aprofundou sobre um país entre Moçambique, Cabo Verde, Angola e Guine Bissau. “Há quase dois meses estamos trabalhando os países em sala de aula. A cultura, a gastronomia, a fauna, a flora, a economia e outras áreas foram abordadas pelos professores em classe, para que junto dos alunos, realizássemos atividades que hoje estão expostas”, explica a professora de Ciência e Matemática, Renata Luz Leite de Oliveira.

A exposição contou com degustação sobre os pratos típicos dos países, cartazes sobre as diferentes culturas, caracterização dos alunos e manifestações artísticas de acordo com cada país, entre elas, roda de capoeira, danças e teatro. “Eu adorei descobrir as receitas de Guine Bissau e as adaptar ao Brasil”, diz a aluna Dalva Jesus Santos, do 7º ano. Para a professora de Geografia, Elaine Maya, a exposição traduziu o aprendizado de todos, pois tirar do papel para colocar em prática é a melhor forma do aprender. Para ela, isto resume a educação.

“Eu sou ansiosa e perfeccionista, então quis que tudo estivesse perfeito. O mais legal da experiência foi trabalhar a cultura da Angola. A música foi o que eu mais gostei. Além disso, me apaixonei pela força da mulher angolana que faz todos os trabalhos com os bebês presos ao corpo”, destaca a aluna do 9º ano, Arisa dos Santos Pereira. Sua colega de grupo, Danielly A. F. da Silva Legrand, diz que o que mais gostou foi da vestimenta colorida dos angolanos que, em meio à pobreza, encontram nas cores uma forma de alegria.

O evento ainda reuniu todos, entre alunos e funcionários, em danças com músicas brasileiras inspiradas no negro, como “Olhos Coloridos”, de Sandra de Sá, e “Mama África” de Chico César. Isso foi o que a aluna Joelma mais gostou, a união de todos, inclusive de sua classe, que literalmente “vestiu a camisa” e provou que a união faz a força. Em meio aos olhares cheios de alegria, a coordenadora da escola, Márcia Cura, encerrou o evento: “parabéns a todos, definitivamente, fechamos o ano com chave de ouro”.


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