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Publicado em: 07/02/2019 - Última modificação: 16/11/2020 - 11:57
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Verão, estação do calor e das chuvas, um alerta sobre a leptospirose; saiba como prevenir-se

DOENÇA - Causada principalmente pela urina dos ratos, presente nos esgotos e bueiros, que se mistura às enxurradas das chuvas e infecta qualquer pessoa que tiver contato



Casos leves de leptospirose são tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. Dependendo do quadro, a doença pode ser letal

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O Verão é a estação do ano com maior incidência de chuvas por conta do excessivo calor. Com isso, ocorrências de alagamentos e enchentes aumentam o risco de contrair leptospirose, doença infecciosa transmitida ao ser humano pela urina de roedores. Portanto, a Secretaria de Saúde alerta aos munícipes quais cuidados tomar durante a estação, visando combater o contágio. Dependendo do quadro, a doença pode ser letal.

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Segundo registros da Defesa Civil, do dia 2 até a última quarta-feira (6) choveu aproximadamente de 621,7 milímetros no Município. A grande quantidade de água gera inundações, que propiciam a disseminação do maior agente transmissor – o rato infectado – no ambiente humano, facilitando a ocorrência de surtos.

Quando acontece uma enchente ou inundação, a urina dos ratos, presente nos esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama, e qualquer pessoa que tiver contato pode infectar-se. As leptospiras, bactérias que causam a doença, penetram no corpo pela pele, principalmente por arranhões ou ferimentos. Ainda assim, mesmo que a pele esteja saudável e intacta, se imersa por longos períodos em local contaminado, também poderá haver o contágio.

Outros animais, como bois, cavalos e até cães também podem adoecer e, eventualmente, transmitir a doença. A leptospirose, caracterizada pela febre, tem início inesperado. Os sintomas possuem um espectro que pode variar desde um sintoma leve até formas graves. Os principais sintomas, além da febre, são dores de cabeça e pelo corpo, principalmente nas panturrilhas. Podem também ocorrer vômitos, diarreia e tosse.

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Os casos leves de leptospirose são tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. Nas formas graves, geralmente aparece icterícia (pele e olhos amarelados), sangramento e alterações urinárias. Pode haver necessidade de internação hospitalar. O período de incubação, tempo que a pessoa leva para manifestar os sintomas desde a infecção da doença, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 e 14 dias após a exposição a situações de risco.

A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença. Ao suspeitar, a recomendação é procurar um médico e relatar o contato com exposição de risco. O contato com esgotos, lagoas, rios e terrenos baldios também pode propiciar a infecção. Veterinários e tratadores de animais podem adquirir a doença pelo contato com a urina, sangue, tecidos e órgãos de animais infectados.

PREVENÇÃO  

– Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas;

– Pessoas que trabalham com limpeza pública devem usar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés);

– Utilizar água sanitária é recomendado porque mata as leptospiras. Deve ser utilizada principalmente para desinfetar reservatórios de água;

– Acondicionar e destinar adequadamente o lixo;

– Armazenar apropriadamente os alimentos;

– Desinfetar e vedar caixas d´água. Vedar também frestas e aberturas em portas e paredes, etc;

– Para controle de roedores, recomenda-se que o uso de raticidas (desratização) deve ser feito por técnicos devidamente capacitados.

ORIENTAÇÃO

 Além dessas dicas, a coordenadora da Vigilância em Saúde de Itanhaém, Maria Aparecida da Silva, explica que “é recomendado também a utilização de botas de borracha, caso o local alague com facilidade em períodos de fortes chuvas, e uma vez que na maioria dos casos o contato com água contaminada se dá pelos pés. Além disso, procurar uma Unidade de Saúde da Família (USF) mais próxima para um desfecho positivo”.


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