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Publicado em: 08/05/2019 - Última modificação: 16/11/2020 - 11:51
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Amor em várias formas: conheça histórias de mães cuidadas por profissionais do Cescrim

PRECIOSAS - Assistir bem a todas as mamães gestantes é essencial para o Cescrim, até porque é o período de formação de um novo ser humano



Da esquerda para a direita: Letícia Gomes da Silva, Natália Queirós Nunes de Oliveira e Gabriela DellIsola Caldeira Castelini

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Atendimento humanizado, acompanhamento cuidadoso, doações sinceras e empatia pela dor do próximo. Tudo isto e mais um pouco acontece no Centro Especializado na Saúde da Criança e da Mulher (Cescrim) Paula Vegas, em Itanhaém. O amor, em suas diversas formas, apresenta-se tanto no zelo que os profissionais têm para com a saúde dos recém-nascidos e das mães quanto na espontânea colaboração que elas dedicam às causas e movimentos que o equipamento promove.

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Já ouviu aquele ditado que diz que “de médico e louco todo mundo tem um pouco”? Pode ser que nem todo mundo tenha de tudo um pouco, mas mãe tem. Mãe tem tudo e muito mais. Mãe é secretária do lar, profissional, amiga, anjo da guarda, provedora e exemplo. Não é à toa que dizem também que coração de mãe é espaçoso. Cuida dos dela e dos filhos dos outros também. Basta somente uma causa justa, e o coração se comove para ajudar. Este é o caso de Gabriela DellIsola Caldeira Castelini, 30 anos, fisioterapeuta e uma das mais fiéis doadoras de leite materno no Cescrim atualmente.

MÃE DOADORA DE VIDA

Mãe do Samuel, de 1 ano e 10 meses, e do caçula Eduardo, de apenas 2 meses, Gabriela mora em Itanhaém há 4 anos. Encaminhada ao Cescrim por meio da Unidade de Saúde da Família (USF) Suarão, comenta que tentou engravidar por algum tempo, mas que a gestação não a pegou de surpresa quando aconteceu. “Foi tudo bastante planejado”, afirma a mãe do Eduardo, segurando-o no colo. Entretanto, o que a torna mais especial, além do fato de ser mãe, é a causa que apoia no equipamento.

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“Na amamentação do Samuel, meu primeiro filho, descobri que tinha muito leite. Quando cheguei ao ponto de ter ingurgitamento mamário – inchaço da mama por acúmulo de leite – meus pais aconselharam a tirar. Para não jogar fora, tiramos, fervemos, colocamos em um potinho e decidimos levar à unidade de saúde. Foi legal porque a iniciativa foi caseira, sem muitas orientações, mas consegui fazer certo”, afirma Gabriela, muito contente.

“Na USF nos encaminharam ao Cescrim, onde descobri a oportunidade de continuar doando”, completa. Gabriela afirma também que: “outras amigas possuíam dificuldades para produzir o leite. Então, entendi a doação como uma missão minha”. Agora uma pausa. O choro de Eduardo interrompe o diálogo da entrevista. O bebê precisa ser amamentado. Após aconchegá-lo nos braços, é questionada sobre a sensação de doar vida, então afirma: “é reconfortante”.

Segundo estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS), é comprovado cientificamente com pesquisas e estatísticas que o aleitamento materno tem um impacto na redução da mortalidade infantil de 13%. O líquido, rico em nutrientes, contém todos os aminoácidos essenciais que atuam como fatores de proteção e transportam hormônios e vitaminas. É o alimento mais importante no início da vida de um ser humano e pode refletir na saúde por todo restante da vida.

“Quando meu marido disse que no teste de avaliação da qualidade do leite, o meu foi avaliado como super gorduroso – fato que privilegia a saúde dos nenéns – contei para minha mãe e me animei ainda mais para continuar com as doações”, diz a mãe do Eduardo. Sabe-se que o leite é como o amor: quanto mais se doa, mais se tem. “Acredito que as coisas não vêm por acaso. Se meus filhos têm bastante e sobra, não é à toa”, afirma, resgatando a ideia de que ajudar é uma missão.

Ademais, Gabriela diz que, tornar-se doadora agregou muito em sua autoestima, e que até “ficou se achando um pouco”. Além disso, como qualquer outra mãe, possui seus muitos afazeres no lar: cuidar das roupas, comida, animais de estimação, quintal, etc. Contudo não dispensa tirar 15 minutinhos para extrair o leite: “não me custa nada”, diz. Ela aproveita a oportunidade para um desabafo: “muitas mães nos primeiros meses após o nascimento do bebê, ficam sozinhas e os dias são um pouco solitários”.

“Confesso que nesses dias, desanimei um pouco de doar, mas as meninas do Cescrim ligavam sempre. A preocupação das profissionais de ir atrás anima muito. Liguem mesmo”, aconselha, “pois nós nos sentimos importantes e valorizadas”. A essa altura da conversa Eduardo já terminou sua amamentação. Na despedida, uma última revelação carismática: “atualmente, meu freezer tem uma parte separada só para armazenar os potinhos com leite, até que consiga entregá-los ao Cescrim”, afirma com sorriso no rosto.

MÃE DE PRIMEIRA VIAGEM

Na vida de Natália Queirós Nunes de Oliveira, 34 anos, psicóloga, o Cescrim entrou por outra deixa: a mãe da Luna Maria, de apenas 2 meses, é mãe de primeira viagem. Natália mora em Itanhaém há 19 anos. Procurou diretamente o Cescrim pela necessidade de orientações já na reta final da gestação. Referente a este período, ela afirma: “descobri que estava grávida da Luna e a sensação foi um mix de alegria e medo. Primeiro porque não esperava engravidar”.

Há cerca de 2 anos, Natália realizou um tratamento de câncer de colo do útero e até então teria dificuldades para gerar filhos. Passado 1 ano do tratamento engravidou. “Outra questão é que perdi uma amiga no parto do filho dela, o que me traumatizou um pouco”, diz a mãe, um tanto nervosa com o diálogo. Natália ainda conta que a gravidez foi maravilhosa, mas turbulenta. Chegou a ter alguns princípios de aborto e também teve um alerta de parto com 37 semanas.

Neste episódio, descobriu que foi apenas perda de líquido amniótico – já era reta final da gestação. Por ser mãe de primeira viagem, decidiu então buscar ajuda. “Quando cheguei ao Cescrim, fui acalmada e tranquilizada. Então, começou o acompanhamento”, comenta a psicóloga. “Senti uma diferença no atendimento porque me passaram segurança. Isso foi tão positivo para mim, que minha família queria que tivesse a Luna em São Paulo, mas estava decidida a ter em Itanhaém”, afirma nostálgica a psicóloga.

“Muitas pessoas têm uma visão distorcida da saúde pública, principalmente quando se trata de cidades pequenas comparadas aos grandes centros urbanos, como as capitais dos estados ou cidades metropolitanas que são referência”, completa. “Adquiri outra visão: as pessoas são mais aplicadas, dedicadas e cuidadosas. Parecem ter um cuidado muito maior”, conclui.

MÃE EXPERIENTE, MAS SURPREENDIDA

Letícia Gomes da Silva, 33 anos, já é mãe de outros dois meninos. Entretanto, recentemente foi surpreendida: a vendedora, que mora em Itanhaém desde que nasceu, engravidou novamente, e para sua alegria, vieram as gêmeas Ester e Eloá, de apenas 1 mês, atualmente. Logo, houve a necessidade de acompanhamentos, pois a experiência declarou-se extremamente nova. Portanto, foi encaminhada ao Cescrim pela Unidade de Saúde da Família (USF) Belas Artes.

“Esta gestação não foi planejada, pois tomava medicamentos. Quando descobri que eram gêmeas, fiquei bastante nervosa”. A gestação gemelar apresentou-se de alto risco, então foi necessário que Letícia viesse a passar por acompanhamento e orientações para controle de peso quando as meninas nascessem. Seguindo as recomendações dos especialistas, as meninas alcançaram o peso necessário com sucesso. Agora mais uma pausa, por favor. Desta vez, Ester é quem precisa ser amamentada.

“O trabalho do equipamento é de qualidade. O acompanhamento tem atenção e um cuidado maior”, elogia. Assistir bem a todas as mamães gestantes é essencial para o Cescrim, até porque se trata do período de formação de um novo ser humano. A mãe das gêmeas aconselha: “é importante também seguir certinho todas as orientações dos profissionais. Já tive outros dois filhos, mas cada gestação é diferente. Temos que nos permitir aprender a cada dia”, confirma a vendedora.

Natália esteve acompanhada pela sogra Vera Helena Simões Dias a todo o momento. Já Letícia, contou com a ajuda da mãe Iraci Oliveira Borges durante toda a entrevista para conseguir dar conta das duas gêmeas. Gabriela afirma ainda que a mãe veio de longe para ajudar a cuidar do netinho Eduardo. Cada uma delas teve o apoio de suas mães.

CESCRIM

Além do movimento de saúde e social de maior força entre as mulheres, que é o de incentivo e apoio para o aleitamento materno, o equipamento oferta atendimento de pré-natal de alto risco, é referência municipal em ginecologia, colposcopia, inserção de DIU, prevenção de câncer de colo do útero e mama, psicologia, primeira consulta do bebê e controle de peso, método canguru e fonoaudiologia para crianças de 2 a 11 anos. O Centro está localizado na Avenida Tiradentes, 184, no Jardim Mosteiro, e atende de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 horas. O telefone para contato é o (13) 3427-2674.


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