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Quando as mães exercem papel de super-heroínas e inspiram até na profissão dos filhos
ELAS - As agricultoras Maria da Estevão da Penha, Olga Unten e Genoveva Maria Gonçalves de Jesus vão além do papel tradicional de mãe
Nos conselhos ou nos desafios do dia a dia. Elas são exemplos de conduta, de amizade, de carinho. São super-heroínas que não pensam duas vezes em vestir a capa, ou melhor, a camisa quando o assunto é filho. As agricultoras de “raiz” Maria da Estevão da Penha, Olga Unten e Genoveva Maria Gonçalves de Jesus vão além do papel tradicional, tornando-se referência até mesmo na escolha da profissão de seus filhos, dando vida àquele velho ditado popular que diz: filho de peixe, peixinho é.
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O presidente da Associação dos Agricultores, Marcos Gonçalves de Jesus, morou em São Paulo, capital, por anos. Durante este tempo, atuou no comércio, mas foi a sua mãe a grande influenciadora do seu retorno a Itanhaém. “Ela sempre me apoiou, mas quando surgiu a oportunidade de trabalhar com o PAA, não hesitou em me encorajar”. Sobre a mãe, ele só discorre elogios: “minha mãe é meu pilar, ela me ajuda quando estou nervoso, é meu guia. Quando eu pensava em desistir, foi ela quem nunca deixou a peteca cair. É batalhadora, guerreira e sempre enxergou uma luz no fim do túnel”, diz Marcos sobre a mãe Genoveva.
Além do lado técnico, é possível enxergar na vida do campo a suavidade dos produtos, a poesia do cenário em geral. Algo que Olga Unten faz com maestria e passou com primor ao filho Edson Unten. Ele trabalha na roça desde que se entende por gente, é de uma dinastia de agricultores – bisavós, avós e mãe. A família tem no sangue a produção rural desde quando trabalhava no Japão. Em 1985, os pais se instalaram em Itanhaém e começaram uma nova vida. “Minha mãe me passou a leveza, o olhar diferente sobre o campo, do que fazer e como construir. Essa beleza eu vi por meio do olhar dela. Ela me ensinou tudo o que sou hoje. Acho que é essa suavidade que está faltando no mundo”, conta emocionado.
Quando pensa na mãe, as lágrimas logo enchem os olhos de Sueli Estevão Penha. Ela se tornou produtora graças ao incentivo da mãe, uma produtora de “raiz”. “Em todas as dificuldades que tive, foi a minha mãe que me acolheu. Eu não tenho palavras para agradecer tudo o que ela fez por mim. Eu me tornei agricultora para ajudá-la no campo, mas estou pegando gosto. Vejo o quanto o trabalho no campo faz bem a ela. Aquilo é o remédio dela, sem este trabalho ela já havia adoecido”. Sueli faz um desabafo: “minha mãe é a pessoa mais importante da minha vida, sem ela eu já teria desistido”.
Palavras-chave: agricultora, dia das mães, produtora rural
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