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Mesmo distantes fisicamente, professores e estudantes continuam conectados
ONLINE - Ambiente virtual simula uma sala de aula presencial e oferece dinâmica que facilita a troca de experiência e de conhecimento
A distância física entre professores e alunos não os impediu de permanecerem conectados. A educação teve de se adaptar à realidade imposta pela pandemia do novo coronavírus e ganhou novos contornos com a adoção de uma modalidade de estudo a distância. A equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes entende que há uma tendência de aliar aulas presenciais e atividades online aos conteúdos propostos à educação básica, após o período de pandemia.
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Hoje, os trabalhos são desenvolvidos em dois formatos: no Ambiente Virtual de Aprendizagem (Avaeducaita) e com apostilas impressas disponíveis nas unidades escolares para que os alunos mantenham a rotina de estudos. No ambiente virtual, com software personalizado, a plataforma se mostrou uma grande aliada às atividades educacionais do programa municipal ‘Aprendizado do Futuro’, que desde o ano passado planeja minuciosamente a implantação de um reforço no ensino, quando os primeiros passos foram iniciados com o Google For Education.
O ambiente simula uma sala de aula presencial e pode ser acessado por usuário e senha diretamente pelo computador, smartphone ou tablets. Nele, os professores podem acompanhar o desempenho dos alunos, propor atividades interativas, videoaulas (Google Meet), sala de aula virtual (Google Classroom), discussões em fóruns, entre outros. Aos estudantes (1º ao 9º ano), o sistema oferece dinâmica que facilita a troca de experiência e de conhecimento.
“Tivemos que nos reinventar e repensar nos valores de forma geral. Foi um momento de acordar porque nós estamos em outra era, as crianças precisam de outras visões. Isso me obrigou a investigar, fuçar e aprender a tecnologia” ressalta a professora do 4º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Maria do Carmo Abreu Sodré, Fabiula Cavalheiro Berti, de 42 anos.
Ela diz que teve dificuldade para manusear as ferramentas, mas que o resultado com os alunos foi surpreendente. “Foi um ‘boom’ na questão digital. Achei que o acesso à plataforma digital foi bem recebido pelos estudantes. Eles têm facilidade, mais até do que eu”, brinca. Em uma das atividades apresentadas às crianças, Fabiula propôs dinâmica que envolveu a participação também dos pais. “Na aula de artes coloquei uma música, levantei como se estivéssemos em um círculo, de mãos dadas, e iniciei as atividades. Foi muito interessante porque tivemos a participação de todos”.
O aluno Murilo Santos da Silva, de 9 anos, tem aproveitado a sala de aula online para “matar” a saudade dos colegas. “Estou ansioso para rever meus amigos. Quando tudo isso acabar, quero abraçá-los”. Na mesma turma está Fernanda de Almeida Leite, de 9 anos, que alega sentir falta do convívio escolar, embora tenha se adaptado rapidamente à experiência virtual. “Gosto das aulas, das ferramentas hospedadas na plataforma e do chat”.
Douglas Mathias Fontes, professor do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Ana Cândido Ebling de Oliveira, de 40 anos, é um entusiasta das tecnologias. “Entro na casa deles todos os dias. Uma mãe me disse: no fim das contas, somos uma grande família. E ela tem razão”, endossa.
Seus encontros são marcados por muita diversão. Para atrair a atenção dos alunos, o professor se caracteriza de personagens marcantes, como a da Chiquinha, do seriado Chaves. “Eles adoram, se divertem”. Fontes salienta que antes de começar as atividades participou, junto com a professora Gecyara Alves, de uma capacitação oferecida pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes para aprender a mexer nas ferramentas. “Hoje, estamos trabalhando causos com os alunos e utilizando os vídeos do Rolando Boldrin, que peguei no canal do YouTube”.
Outras questões que também chamam a atenção de Douglas estão relacionadas ao meio ambiente e à otimização do tempo. “Nós estávamos acostumados a imprimir a atividade na folha para entregá-la aos alunos. Agora, você faz tudo na plataforma, e os estudantes não precisam de caderno. Eu recebo as tarefas e consigo corrigi-las em menos tempo”. Ele é categórico: “se meus alunos tivessem que passar por uma prova do Saresp, eles estariam preparados. Isso porque nós mantivemos a organização curricular e o planejamento que foi feito desde o início. Por causa do isolamento social, eu adaptei a estratégia de maneira que pudesse ser trabalhada com eles”.
Marcélia da Conceição Matos Silva, de 43 anos, mãe da aluna Isis da Silva, de 10 anos, está aproveitando o tempo com a filha para ajudá-la com os estudos. “Assim que começou a pandemia, já entramos em aula online”. Indagada sobre as atividades presencias e a distância, ela é enfática: “os ensinos virtual e presencial devem andar juntos. O “Meet” fez o papel de aproximar o aluno dos estudos de um jeito bem completo”.
Palavras-chave: alunos, aula a distância, aulas remotas, educação, escolas, professores
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