“Calixto: a gênese de um mestre” está em exposição no Gabinete de Leitura

HISTÓRIA - Organizado pelo Gabinete de Leitura José Rosendo, a abertura tem início a partir das 19 horas e explora as diferentes faces de Calixto

O Espaço Gabinete de Leitura José Rosendo organiza, nesta quinta-feira (17), a partir das 19 horas, a abertura da exposição “Calixto: a gênese de um mestre”. Explorando as diferentes faces do artista itanhaense Benedito Calixto de Jesus, a mostra ficará aberta até o dia 1º de dezembro e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, e no sábado, das 11 às 17 horas. O Espaço Gabinete de Leitura fica localizado Praça Carlos Botelho, 149, no Centro.

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Na exposição, o Espaço Gabinete de Leitura procura evidenciar a profunda ligação do ilustre artista com a região onde nasceu. Pensando nisso, a mostra é constituída de três momentos, propondo uma imersão cronológica na vida do Calixto historiador, pesquisador e fotógrafo: O primeiro momento é formado por fotografias de Calixto, além de imagens da região à época; O segundo momento é feito por fotos tiradas de Benedito Calixto em eventos que participou e em homenagens na cidade de Itanhaém; O terceiro e último momento apresenta os quadros do artista, refletindo seu interesse historiográfico, muito forte nas suas obras.  

Quem comparecer na abertura da exposição poderá acompanhar uma palestra da historiadora e curadora Fátima Cristina Pires, que fará uma introdução ao contexto explorado na mostra. Na ocasião, evento também contará com uma performance de Chico Forlenza, explorando a importância de Benedito Calixto na criação do próprio Gabinete de Leitura José Rosendo, em 20 de julho de 1888.

HISTÓRICO – Benedito Calixto de Jesus (Conceição de Itanhaém, 14 de outubro de 1853 – São Paulo, 31 de maio de 1927) foi um pintor, desenhista, fotógrafo, professor, historiador, decorador, cartógrafo e astrônomo amador brasileiro, considerado um dos maiores expoentes da pintura brasileira do início do século XX. Seu trabalho causou tamanho entusiasmo que a elite santista lhe concedeu uma bolsa para aprimorar seus conhecimentos em Paris.

Em 1884, de volta a Santos, trouxe na bagagem um equipamento fotográfico e tornou-se pioneiro, no Brasil, em pintar a partir de fotografias. As encomendas de quadros religiosos e de temática histórica e documentarista lhe renderam enorme reconhecimento, porém o maior aspecto de sua obra se concentra nas paisagens marinhas do litoral paulista.

Além da pintura, Calixto mantinha grande interesse pela história da atual Baixada Santista, escrevendo memórias históricas sobre esta região e também sobre a cidade de São Paulo. Como historiador, resgatou a existência da Capitania de Itanhaém, assim como sua importância na história da exploração e colonização do interior do Brasil, graças a minuciosas pesquisas em documentos seculares esquecidos em Itanhaém, São Vicente e São Paulo.

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