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São José de Anchieta: um personagem que deixou lições de fé e amor em Itanhaém
HISTÓRIA - O canonizado padre jesuíta, e co-padroeiro, é lembrado por seus feitos históricos e sua influente participação na colonização do Brasil
São José de Anchieta foi padre jesuíta, escreveu diversas cartas, sermões e poesias. Ficou conhecido como amigo dos índios, professor, enfermeiro, construtor de capelas e pacificador. Esta importante figura tem significativa participação na história de Itanhaém. O dia, 9 de junho, é incluído oficialmente no calendário de eventos do Município, declarado feriado pela Lei nº3.533, de 2 de julho de 2009.
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Espanhol, natural da ilha de Tenerife, no arquipélago de Canárias, José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534. Era de família bem-sucedida e seus pais devotos a São José, motivo pelo qual foi batizado com o mesmo nome. Aos 14 anos estudou no Colégio de Artes em Coimbra, em Portugal, e ainda muito jovem ingressou na Companhia de Jesus, organização religiosa fundada por Inácio de Loyola e responsável pelo trabalho de evangelização na América Latina.
O jesuíta passou pela “terra de Anchieta” (nome pelo qual Itanhaém também é conhecida), entre 1563 e 1595. Sua memória na Cidade é muito viva. Reza a lenda que ele costumava abrigar-se para dormir numa pedra, conhecida como “Cama de Anchieta, na Praia dos Sonhos. Certa vez, passou toda a quaresma em oração na Capela de Nossa Senhora da Conceição, no alto do morro de Itaguaçu, onde inclusive pôde se inspirar na imagem que trouxe da santa para futuramente compor uma de suas mais importantes obras literárias: o “Poema à Virgem”.
Por ficar durante muitos anos na Cidade, o santo e Itanhaém mantém um laço histórico, fato evidenciado em diversos pontos, por meio dos monumentos históricos, documentos e homenagens.
Na imagem de Nossa Senhora da Conceição, exposta na Igreja Matriz de Sant’Anna; no “Monumento a Anchieta” na Praça Narciso de Andrade; na cópia da carta de Batismo do santo em exposição no Museu Conceição de Itanhaém e em pontos turísticos como a Passarela e Cama de Anchieta (Praia dos Sonhos), Pocinho de Anchieta (Cibratel), Painéis de Anchieta (Morro do Paranambuco) e Púlpito de Anchieta (Praia dos Pescadores), pode-se lembrar as histórias vividas pelo santo.
Em 1554 participou da fundação do Colégio da Vila de São Paulo de Piratininga, onde seria professor. Anos depois, em 14 de Setembro de 1563, em um ato pacificador durante a revolução dos índios Tamoios, apoiados por franceses, se ofereceu como refém evitando inúmeras mortes no confronto contra Tupiniquins, apoiados pelos portugueses.
Dentre as suas obras mais conhecidas estão: “A gramática da língua mais falada da costa do Brasil”; “Poema à Virgem”, com mais de 5 mil versos; “Cartas de Anchieta”; e “Mãe de Deus”. Dessa forma, iniciou parte do que é hoje a cultura literária do Brasil.
Seu papel ativo durante o primeiro século de colonização, além de inúmeros milagres atribuídos a ele, é o que o torna reverenciado por fiéis no mundo inteiro. São José de Anchieta faleceu em Reritiba, atual Anchieta, no estado do Espírito Santo, em 9 de junho de 1597.
BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO – Em 1980, Anchieta foi beatificado pelo Papa João Paulo II. Mais tarde, por um decreto do Papa Francisco, em 2 de abril de 2014, o jesuíta tornou-se santo da Igreja Católica.
Em sua homenagem, a Lei municipal nº 3.928 proclama São José de Anchieta co-padroeiro da Cidade, juntamente de Nossa Senhora da Conceição.
Palavras-chave: co-padroeiro, cultura, São José de Anchieta, turismo
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