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No jardim da aposentada Regina, a beleza vem do lixo e combate a dengue
ORIGINALIDADE - No recinto da professora aposentada de 60 anos tem cores e diferentes objetos
De um lado há bonecas, conchas de feijão, molde para espelho e pia de banheiro; do outro, conjunto de xícaras, relógio, garrafas plásticas, bacias, pneus… Todos com o mesmo propósito: servirem de vaso para as suculentas, uma espécie de planta que a professora aposentada Regina Aparecida Muri Silva, de 60 anos, tem em todo o canto do quintal. No jardim que ela cultiva há pelo menos oito anos, a beleza vem do lixo e serve de exemplo para o combate à dengue.
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Regina sempre teve mãos de “fada” para o artesanato, gostava de criar desde cedo. “Não lembro exatamente quando comecei a pintar, mas posso garantir que faz muito tempo”. Ela inovou ao usar os mais inusitados materiais para transformá-los em vasos de planta, objetos que normalmente teriam o lixo como destino. Seus enfeites atraíram até pessoas de outras cidades. “Tem gente que vem só para conhecer o meu jardim”, conta orgulhosa.
Em casa, a aposentada não teve influência de parentes. Aprendeu sozinha, já que a mãe tinha talento para a confeitaria. “Ela era conhecida por fazer bolos deliciosos. Eu até tento, mas ela era a melhor”, conta ao lembrar-se das inúmeras vezes que viu a mãe pôr a mão na massa. “Sempre gostei de enfeitar, ajudava nos preparativos”.
O amor pelas plantas foi o pontapé inicial para montar o jardim, que hoje tem suculentas, cactos e rabo de macaco. Mais de 500 peças dos mais variados tamanhos ganham função essencial no Jardim das Suculentas, um ambiente acolhedor e especial. “Não tenho ciúmes, mas cada peça precisa ficar devidamente no seu lugar para provocar impacto nas pessoas”.
Seu artesanato não é planejado. A ideia surge na hora e imediatamente é colocada em prática. “Sou perguntada sobre como faço, mas nada é estudado. Eu simplesmente vejo o material e na hora já me vem à cabeça o que fazer com ele”.
DENGUE
Regina sabe que além de decorar seu quintal, está contribuindo para o combate à dengue. Todas as peças são minimamente calculadas para não acumular água e, possivelmente, servir de criadouro para o Aedes aegypti, também transmissor do chikungunya e zika.
“Às vezes no lixo de outras pessoas vejo potencial. Isso ocorreu com a janela de madeira que adaptei para o meu quintal”, conta a aposentada. Ela acrescenta que: “faço a minha parte como cidadã, mas as pessoas precisam se conscientizar e ajudar”.
Um levantamento realizado pela Prefeitura de Itanhaém mostrou que 80% dos focos de dengue são encontrados em casa. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde encontra resistência da população para a entrada dos agentes de endemias.
“Outro fator que influencia no surgimento de novos casos de dengue é a questão de Itanhaém ser turística e ter uma grande quantidade de casas de veraneio”, explica a coordenadora do setor de Controle de Endemias, Marinês Adão.
Palavras-chave: dengue, jardim, lixo, meio ambiente, saúde
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