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Publicado em: 07/07/2017 - Última modificação: 16/11/2020 - 13:47
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Mundial de Jiu-Jitsu Esportivo: atletas veem no esporte uma chance de brilhar

ESPORTE - Praticantes de diversas idades têm aulas gratuitas na Cidade



Atualmente, os núcleos municipais atendem por volta de 200 alunos, com idade a partir de 5 anos

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Neste fim de semana, Itanhaém será representada por uma equipe com mais de 30 atletas no Mundial de Jiu-Jitsu Esportivo, que será realizado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A organização é da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE). Parte dos participantes locais compete pela Academia Romeu Bertho, que dá aulas gratuitas para interessados de qualquer idade acima de 5 anos.

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Núcleos de Jiu-Jitsu em Itanhaém

A equipe tem filiais por todo o estado e segue princípios oriundos da família Gracie, que desenvolveu o esporte no século passado. Em Itanhaém, existem quatro núcleos: o principal, no Ginásio de Artes Marciais Ayrton José Pereira (Belas Artes), e outros três espaços no América, Corumbá e Gaivota. O comando fica com os irmãos Denis e Danilo de Souza Bezerra, ao lado dos instrutores Ricardo Pacheco, Willian Ambrósio dos Santos e Leandro Cardoso.

Danilo é professor de jiu-jitsu e dá aulas há quatro anos. Filho do sensei José Francisco Bezerra Filho, expoente do judô há mais de 50 anos na Cidade, também foi atleta da modalidade e disputou Jogos Regionais por aproximadamente 15 anos. Depois, por meio do jiu-jitsu e do muay thai, encaminhou-se para as artes marciais mistas (MMA).

Atualmente, os núcleos municipais atendem por volta de 200 alunos, com idade a partir de 5 anos. “É muito prazeroso ensinar uma arte que você praticou a vida toda, ainda mais com crianças. Quem acompanha o nosso trabalho, sabe que não foi fácil chegar até aqui. Já participei de muitos campeonatos e agora tenho a oportunidade de ver meus alunos disputando”, disse Danilo. “Para mim, é uma arte que já vem de berço. Eu praticamente nasci no tatame. Comecei a praticar com apenas quatro anos”.

Um de seus discípulos passou por uma experiência oposta. E o caso dele reafirma que a idade não é um obstáculo para quem está interessado no esporte. Luiz Alves Coletti, de 39 anos, começou já adulto no jiu-jitsu. “Praticava kickboxing quando era mais novo, mas parei e só retornei há aproximadamente quatro anos. Até então, eu só buscava condicionamento físico e, como o jiu-jitsu estava em ascensão, esta foi a minha escolha”.

Os bons resultados serviram como combustível para Luiz: em pouco tempo, ele foi campeão brasileiro e do Mercosul entre os masters pesos-pesados. “Estou bem ansioso (para o Mundial). Como eu venci outros torneios, quero manter essa sequência. Pela minha idade, gostaria de continuar praticando como hobby, mas as vitórias estão vindo. Como está dando certo, estou me aprofundando ainda mais na arte”.

No núcleo do Corumbá, o sensei Willian também orienta alunos de diversas idades, principalmente crianças. Um dos talentos mais promissores é Rafael Gonçalves Pedroso, de 15 anos. Treinando há poucos meses, o jovem já conquistou doze medalhas no juvenil peso-galo, qualificando-se para a competição no Ibirapuera.

E foi graças ao próprio instrutor que o jovem entrou para o esporte. “Comecei há um ano. Mal sabia o que era jiu-jitsu, pensava que era só pancadaria. Foi então que eu conheci o treinador, que é meu vizinho, e comecei a praticar. Antes disso, só queria saber de futebol”, disse Rafael.

Orgulhoso, Willian fala sobre a experiência de ensinar os mais jovens: “É um sonho que tenho desde pequeno. Quero passar adiante tudo que sei e formar um futuro melhor para eles. Acredito que agora chegou não só a vez do Rafael, mas de outros garotos que, graças a Deus, trocaram uma vida de rua e palavrões pelo esporte e sua disciplina”. Além disso, o sensei também disputa o Mundial como atleta, na categoria master peso-pesadíssimo.

O programa Aqui Tem Esporte está iniciando uma parceria com a Academia Romeu Bertho nos próximos meses. “Iniciativas como esta são fundamentais para desenvolver o esporte. Tanto os professores quanto os alunos e principalmente os pais, que incentivam a prática esportiva, fazem parte de uma engrenagem que só traz coisas boas para a Cidade”, disse o coordenador do programa municipal, professor Fernando Xavier.


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