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Publicado em: 17/08/2017 - Última modificação: 16/11/2020 - 13:46
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Na Clínica da Alma, o amor vence e nutre idosos acolhidos de esperança e solidariedade

FAMÍLIA - A entidade tem residência fixa na Estrada do Rio Preto, 249, no Balneário Gaivota



O sonho de um dos filhos motivou dona Nadir a cuidar de pessoas necessitadas

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Um beijo, um carinho no rosto, um abraço de amigo. As emoções são infinitas quando o amor cicatriza feridas do passado e nutre de esperança e solidariedade corações de idosos em situação de vulnerabilidade social. Eles são acolhidos pela Clínica da Alma, uma instituição que existe há 11 anos e, desde o início, fez do significado família um mantra para quem é recebido. A entidade tem residência fixa na Estrada do Rio Preto, 249, no Balneário Gaivota.

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Há um ditado que diz que as pessoas são movidas por sonhos. No caso de dona Nadir Ferreira Alves, de 63 anos, fundadora da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), a palavra é levada ao pé da letra. Isso porque um de seus filhos sonhou com ela cuidando de pessoas necessitadas. “Nele, eu estava fazendo um trabalho voluntário. Minha filha viu ainda no sonho o nome da clínica, que, desde então, tornou-se a Clínica da Alma”, conta sorridente. “Entre trancos e barrancos, a determinação para dar certo vence todas as dificuldades encontradas ao longo do caminho”.

A clínica se mantém de convênios e de parcerias com os governos municipal, estadual e federal, além de doações de pessoas e de empresas. Contabilizar o número de abrigados ao longo dos anos não é algo que Nadir consegue precisar, mas ela acredita passar da casa dos 30, pelo menos os que ficaram até o fim da vida. “Em alguns casos, pudemos localizar a família. Quando isso acontece, ficamos felizes porque é sempre bom fortalecer os laços entre os parentes”.

Antes de fundar a entidade, Nadir sempre fez trabalhos voluntários em hospitais e evangelizava em cadeias. Muitos encaminhados para a clínica vêm de solicitações do juiz. “Quando eles pedem, nós atendemos”, conta ela, que atualmente cuida de 13 idosos.

“Recebemos pessoas abandonadas e moradores de rua que sofreram derrame. Não quero saber o que fizeram no passado, quero mesmo é que eles tenham uma velhice segura e feliz. É muito triste presenciar a situação quando chegam aqui. Temos casos de pessoas com depressão profunda. Usamos o nosso amor para confortá-las. Costumo brincar com o meu marido que eles são meus filhos porque sinto um amor que não consigo mensurar”, diz com um brilho no olhar.

“Muitos não conseguem falar, têm dificuldades. Fico incomodada quando preciso sair para resolver alguma coisa. Gosto mesmo é de ficar com eles contando histórias, brincando e ouvindo músicas que lembrem o passado”. O telefone para contato é (13) 3429-2692.


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