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Publicado em: 04/12/2017 - Última modificação: 16/11/2020 - 13:20
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Mulheres têm Seta Verde para por o coração na mão e produzir artesanatos

COSTURANDO - Atividades geram renda extra e aumentam a autoestima de moradoras da região do América



O trabalho ganhou maior proporção, e as aulas foram transferidas para o Posto de Atendimento e Assistência Social (PAAS) América

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“Com o coração na mão”. A figura de linguagem é uma metáfora e remete aos sinônimos de receio e medo, mas para as mulheres do projeto ‘Seta Verde’ a frase ganha outro significado, é uma filosofia adotada quase ao pé da letra pelas costureiras que dedicam parte do tempo em aprender e a ensinar as técnicas que transformam retalhos em peças delicadas e artesanatos, gerando renda extra e aumentando a autoestima de moradoras da região do América.

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‘Seta Verde’ foi idealizado há quase dez anos, quando as atividades eram iniciadas em um quarto no fundo da casa da coordenadora Elió Antônia da Silva Lima, de 60 anos, costureira e grande entusiasta do projeto. O trabalho ganhou maior proporção, e as aulas foram transferidas para o Posto de Atendimento e Assistência Social (PAAS) América.

“Além de ensinar uma nova profissão, é também um ambiente de terapia. Há muitos casos de pessoas doentes que usam esse tempo para espairecer as ideias e construir novas amizades. Nossas atividades, de segunda a quinta, tem mudado a realidade das mulheres e gerado mais oportunidades, principalmente com relação a uma renda extra”, ressalta Elió.

Retalhos e de materiais reciclados ganham destino especial nas mãos das costureiras e se transformam em insumo para a fabricação de bolsas, almofadas, tapetes, patchwork e panos de prato. Por exemplo, uma caixa de leite que seria levada para o lixo é aproveitada para a produção de uma bolsa. “É assim que as alunas do Seta Verde têm aprendido a usar a criatividade para a criação das peças, que são comercializadas. Temos casos de mulheres que estão ajudando em casa com as encomendas que recebem durante o ano. Nosso curso tem duração de três meses, mas temos alunos que estão aqui há anos”.

 Os trabalhos já têm impactado na casa de Kátia Maria Fagundes Rocha, 45 anos. Casada e mãe de dois jovens, a costureira afirma que as produções com linha e agulha ajudam com a renda domiciliar. “Meu marido paga as contas mais pesadas, como comida, águas, luz. No entanto, o dinheiro que eu consigo com a venda das peças tem colaborado para quitar outras contas, como a faculdade da minha filha”. Ela diz que mora em Itanhaém há cinco anos e que antes não sabia mexer na máquina de costura. “É uma ocupação para a mente. Costumo dizer que aqui somos uma família”.

As atividades são realizadas em dois períodos: das 8h30 às 11 horas e das 13h30 às 16horas, em um espaço cedido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, atrás do Posto de Atendimento e Assistência Social (PAAS) América, localizado na Rua Las Vegas, 20, América.

 


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