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Publicado em: 17/05/2021 - Última modificação: 18/05/2021 - 07:16
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Eva Wilma sempre teve um carinho especial por Itanhaém

MULHERES DE AREIA - Novela da TV Tupi gravada há mais de 45 anos, entre 1973 e 1974, marcou a passagem da atriz pelo município



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Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini, uma das cidadãs itanhaenses mais ilustres, faleceu no último dia 15 de maio, em São Paulo, em decorrência de um câncer de ovário, aos 87 anos.

A forte ligação da atriz com a cidade se dá devido a gravação da telenovela Mulheres de Areia da TV Tupi, de autoria de Ivani Ribeiro, entre março de 1973 e fevereiro de 1974.

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O folhetim foi responsável por atrair inúmeros turistas à cidade na época, e hoje, mais de 45 anos depois, algumas pessoas ainda se referem à Praia dos Pescadores, como a Praia de Ruth e Raquel.

Vivinha, como era chamada por amigos próximos, participou de uma série de eventos e homenagens no município. Nas comemorações do aniversário de 472 anos de fundação de Itanhaém (2004), ela recebeu das mãos do prefeito Orlando Bifulco Sobrinho, a medalha Padre José de Anchieta e, em 2018, recebeu da Câmara Municipal, o Título de Cidadã Itanhaense, projeto de autoria do vereador Hugo Di Lallo.

Fazia questão de lembrar que em Itanhaém ela conheceu e se apaixonou por seu segundo marido, o ator e diretor Carlos Zara.

Na Praia dos Pescadores, está localizada a Estátua de Mulheres de Areia, obra do artista plástico Serafim Gonzaléz, que fazia o papel de Walter (Alemão), na primeira versão da novela. A homenagem à Eva Wilma e à novela, foi inaugurada em 1995.

A Secretaria de Comunicação gravou um especial sobre a novela Mulheres de Areia, que está disponível no canal do Youtube da Prefeitura Municipal

https://www.youtube.com/user/governomunicipal.

 

BIOGRAFIA

 

Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini, nasceu em 14 de dezembro de 1933 em São Paulo e morreu em 15 de maio de 2021, na mesma cidade. Foi uma atriz e bailarina brasileira. Iniciou a carreira em 1952, protagonizando diversas telenovelas na Rede Tupi e RecordTV entre as décadas de 1950 e 1970, além de uma breve passagem pela TV Excelsior. Em 1980 transferiu-se para a Rede Globo, consolidando-se como uma das principais artistas da emissora.

Dentre seus principais papéis estão as gêmeas Ruth e Raquel na primeira versão de Mulheres de Areia e Dinah na primeira versão de A Viagem, além de ter protagonizado o seriado Alô, Doçura! (inspirado no sitcom americano I Love Lucy), ao lado de seu primeiro marido, o ator John Herbert. Na Globo, interpretou personagens que oscilavam entre mocinhas e vilãs, sendo as mais marcantes, Márcia em Elas por Elas; a perversa Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque na novela A Indomada; a Dra. Martha no seriado Mulher; a Lucrécia em Começar de Novo; e a alcoólatra Fábia em Verdades Secretas.

Era filha de Otto Riefle Jr., um metalúrgico alemão nascido em Pforzheim, perto de Stuttgart, no sul da Alemanha. Ele veio para o Brasil em 1929, aos dezenove anos, para trabalhar na metalúrgica Levy-Frank no Rio de Janeiro. Um ano depois foi transferido para São Paulo, pela mesma empresa. No carnaval de 1933 conheceu Luiza Carp, uma portenha judia de ascendência russa, com quem se casaria, já estando Luiza grávida de Eva Wilma.

Estudou nos tradicionais colégios da capital paulista: Colégio Elvira Brandão, Colégio Ofélia Fonseca e Colégio Rio Branco. Conta que sua turma era só de meninas e achou estranho ter que se habituar a aulas mistas. Sempre gostou muito do mundo artístico e manteve aulas particulares de canto, piano e violão com a mestra musical Inezita Barroso.