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Como combustível, o amor incondicional: mãe vence barreiras para cuidar de filhos autistas
FAMÍLIA - Tathiany Ramos Rodrigues Cabra é mãe de Miguel, de 5 anos, e de Bryan, de 8 anos
“Eu ficaria muito feliz se meu filho falasse e pudesse contar para mim se realmente é feliz e se eu estou fazendo um bom trabalho para os dois”. Na concepção de Tathiany Ramos Rodrigues Cabral, de 36 anos, esse seria o melhor presente do Dia das Mães, celebrado neste domingo (12). Ela é mãe de Miguel Ramos Arôxa, de 5 anos, e Bryan Ramos Arôxa, de 8 anos, ambos autistas. Eles são alunos do Programa Municipal de Equoterapia.
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Intuição de mãe nunca falha, e as suspeitas de Tathiany de que Bryan tinha algum atraso foram esclarecidas quando procurou uma unidade de saúde. A princípio o diagnóstico era de síndrome, mas depois foi constatado que era autismo. No começo foi bem difícil para Tathiany, mas entre passar o dia chorando na cama e enfrentar a situação, escolheu a segunda opção e começou a buscar acompanhamentos profissionais necessários para o filho.
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Programa de Equoterapia dá autonomia a aluno autista
O coração grande de Tathiany sempre desejou ter um segundo filho, mesmo sabendo que a probabilidade de nascer outra criança autista era grande. E isso não a impediu de realizar seu sonho. Miguel Ramos Arôxa chegou ao mundo e preencheu o espaço que estava sobrando no coração de Tathiany. Notou que o pequeno não falava e nem se desenvolvia igual as crianças de sua idade. O médico logo constatou que ele era autista. A mãe não se abateu, pois seu amor incondicional pelos filhos é como um combustível e fez com que ela enfrentasse todos os desafios.
Toda mãe sonha que os filhos cresçam, casem e trabalhem para que possam ter uma vida independente. Tathiany Ramos Rodrigues Cabral mudou para um futuro incerto quando recebeu o diagnóstico dos filhos. O seu maior medo era: “se eu morrer, quem vai cuidar?”, mas com passar do tempo foi mudando o modo de pensar. “Hoje eu tenho a consciência de que preciso prepará-los para que tenham o máximo de autonomia possível. É isso que tento fazer todos os dias”.
Uma psiquiatra do Programa Cuidar recomendou as aulas de equoterapia para os irmãos Arôxa. Em 2017, Bryan participou do Programa Municipal Equoterapia durante um ano. A mãe conta que o mais velho caia muito e tinha muita dificuldade em socializar. Após participar do programa, melhorou na questão da socialização e hoje em dia é bem tranquilo. “A atividade foi um divisor de águas para ele”, conta a mãe. Ela acrescenta que: “mesmo quando acaba, parece que continua atuando na vida da criança”.
Miguel participa do programa às terças-feiras, e a mãe conta que já consegue ver a diferença no comportamento do filho no dia a dia, a criança está mais calma e deixando as pessoas terem contato com ele, coisa que antes não permitia, essas conquistas são comemoradas por Tathiany e por toda a família.
Palavras-chave: autismo, dia das mães, equoterapia, irmãos
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