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Minichef, um empreendedor de mão cheia de apenas 10 anos
PANIFICAÇÃO - Com a venda dos pães, garoto de 10 anos chegou a faturar em apenas um mês R$ 700,00
Com um quilo de farinha, um copo de óleo, uma colher de sopa de açúcar e de sal, 400 ml de água morna, três ovos e 50g de fermento biológico fresco, Fernando Ribeiro de Souza, de apenas 10 anos, pôs a mão na massa e inventou um pão para lá de saboroso. O que começou com uma simples brincadeira na cozinha de casa, tornou-se um investimento promissor. O menino está aprendendo a empreender e há mais de seis meses ganha dinheiro com as encomendas.
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“Comecei a cozinhar observando em casa. Uma vez minha mãe pediu ao meu irmão mais velho que fizesse arroz e feijão. Ele estava dormindo e eu fiquei com dó de acordá-lo. Por isso, resolvi temperá-los. Quando ela chegou, contei o que eu havia feito”, relata o garoto sem conter os risos. Não demorou para os pais notarem sua habilidade para a gastronomia. A curiosidade em aprender o transformou em um cozinheiro de “mão cheia”.
Madrugador, o menino Fernandinho é um carismático comunicador que está angariando seguidores em um canal de vídeos de receitas na internet. É criterioso ao preparar uma massa, gosta de tudo fresco e quentinho. Como um verdadeiro “chef”, o “rapazinho” tem responsabilidade de adulto e levanta às 6 horas quando tem uma entrega a fazer.
“Quando ele recebe as encomendas, acorda cedo para que o pão esteja fresquinho. Isso, claro, sem que a escola seja prejudicada”, frisa a mãe, Luciana Souza. A família apoia o sonho, mas prioriza os estudos. “Precisa estar bem nas disciplinas. Tirar notas boas”. O jovem é estudante do 5º da Escola Municipal Lions Clube, do Ivoty, e agradou o paladar até dos professores. “Eles adoram. Elogiam muito”, salienta Fernandinho.
Empreender começou com um celular. O garoto perdeu o aparelho quando voltava da residência de um amigo. E para comprar um novo, teve de inovar: usar a criatividade e o talento na cozinha. “Cheguei em casa e percebi que não estava com ele no bolso. Meus pais me disseram que era para eu juntar dinheiro e comprar outro. Então, tive a ideia de fazer pães”.
E não é que deu certo? No primeiro mês, ele chegou a faturar R$ 700,00. “No início, consegui vender doze pães por semana. Comprei um novo celular em pouco tempo. Depois que adquiri o aparelho, não parei mais. Agora, estou tendo aulas em uma escola de culinária no Centro da Cidade. Minha mãe comprou um livro de como ser empreendedor e estou adorando”, diz o minichef.
O negócio de empreender começou mesmo em abril. “Anunciamos na rede social as encomendas, e fomos surpreendidos com o número de pedidos. Tivemos até que trocar o fogão para dar conta”, brinca. “Ele ficou muito empolgado e eu, como mãe, fiquei muito feliz em ver como está engajado”, ressalta. “Estou contente porque ele é determinado e, quando quer uma coisa, corre mesmo, foca naquilo que deseja. Para isso, escolhemos os dias certos para não atrapalhar a infância e os estudos. Fernandinho sempre teve força de vontade e responsabilidade”, conclui orgulhosa.
Palavras-chave: cozinha, criança, escola, gastronomia, masterchef
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